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O Comércio de Proximidade e a Regeneração Urbana – Novas abordagens para “Fazer Acontecer”!


O estudo “Comércio de Proximidade e Regeneração Urbana” promovido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) no âmbito da iniciativa “Fazer Acontecer a Regeneração Urbana”, independentemente dos méritos que possa apresentar, mercê, evidentemente, dos conteúdos e sub-temas chamados à colação, poderá guindar a abordagem do tema para outras sedes onde o Comércio, em geral, tem sido algo (…) descurado.


As distintas formas de abordagem do tema, nele adotado, poder-se-ão constituir como mais um fator de motivação e envolvimento de outros (e cada vez mais) atores numa reflexão aprofundada e integrada, mas também numa discussão cada vez mais abrangente de uma matéria que urge discutir e, acima de tudo, que interessa “fazer acontecer”.

Pensar a regeneração urbana do centro das cidades sem pensar o comércio de proximidade aí instalado poderá constituir-se como um exercício contraproducente, pelo que para além do risco de existir quem enverede pela discussão de conceitos, seja ao nível das políticas urbanas, seja das definições daquilo que se relaciona com a atividade económica – comércio, a tendência para se discutir a forma e descurar conteúdos, deve ser, a todo o custo, evitada.

Assim, o estudo visará, também, despertar consciências, promover decisão política, construir medidas, desburocratizar processos, despoletar ação, desencadear intervenção, …, solucionar problemas, quase arriscaria, … regenerar mentalidades. 

O comércio como setor de atividade económica justificará que os poderes e/ou parceiros públicos acompanhem a dinâmica evidenciada por atores privados, facilitando a instalação, regulando o funcionamento, acompanhando a atividade, incentivando o empreendedorismo, fomentando a inovação, promovendo a criatividade, enfim, reconhecendo-lhe importância e o seu papel estratégico na economia local, regional e nacional.

Para além do enquadramento e dos diagnósticos elaborados, sob diversas perspetivas, realce para algumas outras abordagens expostas no documento, como sejam, as tendências de evolução futura do setor; o balanço de algumas experiências práticas (nacionais e estrangeiras) ao nível da revitalização comercial de centros urbanos, com destaque, em termos nacionais, para projetos levados a efeito ao abrigo do PROCOM e do URBCOM (Lisboa, Porto, Coimbra, Bragança, Viana do Castelo, Portalegre e Figueira da Foz); os princípios com vista à regeneração do comércio de proximidade; a (des)mistificação da(s) dinâmica(s) evidenciada(s) em torno do comércio de proximidade do centro urbes; o exercício de prospetiva com a cenarização assente no(s) contributo(s) do comércio de proximidade para a regeneração urbana, bem como a apresentação de propostas concretas com vista ao contributo do comércio para o futuro dos centros das cidades, entre outras. 

Em suma, uma política de regeneração urbana, face à sua natureza integrada e integradora, para além de se constituir como verdadeira proposta alternativa para inversão da atual situação de crise, terá de contar necessária e decisivamente com a regeneração do comércio de proximidade, constituindo-se tal desiderato no reconhecimento, valorização e otimização de uma vocação natural do centro das urbes, e que carece, agora, mais do que nunca, de inovação, empreendedorismo e criatividade, quanto mais não seja na forma de abordagem do tema, de que o estudo em apreço poderá ser um exemplo.


Por JOÃO BARRETA
Autor do estudo “Comércio de Proximidade e Regeneração Urbana
17 de junho de 2013

 




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