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Feliz Dia da Mulher.

 

Eu que acredito profundamente no ser humano e na sua generosidade,

sendo otimista por natureza, anseio pelo dia em que se comemora o dia da pessoa.

O dia do ser humano, independente de outra caraterística qualquer, nomeadamente a de género. 

 

Hoje comemora-se o Dia da Mulher. Verdadeiramente, chama-se a atenção para a condição da mulher. Deveria, efetivamente, ser um dia de comemoração, de festejo, de gratidão, tal como é o Dia da Mãe ou o Dia do Pai. Lamentavelmente, ainda é um dia de referência, pelas piores razões. Sendo o feminino um universo tão maravilhoso, ainda é tão aviltado em tantos locais do mundo. Como é possível que se tenha menos direitos, menos vontades, menos possibilidades só porque se é mulher? Esta luta por uma sociedade equânime em termos de género, iniciada no século XIX, continua nos dias de hoje, num mundo a várias velocidades e em diferentes patamares de desenvolvimento.

Aquilo que é obvio em determinadas culturas, é um sonho quase inalcançável para outras. Em certos países, e no que diz respeito à identidade da mulher, continuamos nas profundezas da idade média. Tenho muita dificuldade em escrever sobre estes temas. Tenho muita dificuldade em escrever sobre quaisquer temas que não enalteçam o ser humano, enquanto entidade racional e emocional.

 

 

Não aceito qualquer discriminação de um ser humano devido a uma caraterística que não foi escolhida pelo próprio. Não se escolhe ser homem ou ser mulher. Esta condição biológica, não pode condicionar o livre arbítrio e a potencialidade de uma vida futura. Uma ideia tão simples, tão óbvia e, ainda assim, tão complexa de ser, universalmente, aceite.

Tanto caminho percorrido e tanto ainda por percorrer, numa sociedade mundial cada vez mais polarizada, quer em termos de recursos quer em termos de decência, no sentido lato. E na definição de decência entra a forma como as mulheres são consideradas e tratadas. Se são vistas como inferiores, pares ou flores de estufa. Se são tratadas como seres humanos, em perfeita complementaridade de género.

Eu que acredito profundamente no ser humano e na sua generosidade, sendo otimista por natureza, anseio pelo dia em que se comemora o dia da pessoa. O dia do ser humano, independente de outra caraterística qualquer, nomeadamente a de género.

Não creio em que uns são melhores do que os outros. Para quem é uma acérrima defensora da diferença como fator de crescimento e enriquecimento, acho fantástico que os homens e as mulheres sejam diferentes porque são pessoas diferentes. Tão simplesmente por isso. Já agora, eu não tenho jeito nenhum para coser seja o que for. Mas dou-me bem com parafusos. E depois? Não há lugar para todos os talentos, capacidades, opiniões, pontos de vista e etc. independentemente da sua origem? Interessa saber qual é o género dos melhores cientistas do mundo? Interessa de onde vêm a mais belas pinturas, composições e obras de arte? A mim, não me interessa nadinha.

Interessam-me as pessoas e os seus produtos independentemente do seu género, cor, credo

ou outra caraterística qualquer não escolhida. Interessa-me e muito, o ser humano, o seu contexto,

o seu ambiente, o seu bem-estar e o seu desenvolvimento. O resto, nem por isso.

Vou certamente passar a comemorar efusivamente o Dia da Mulher quando este for, efetivamente, um dia de festa, nos 4 cantos do mundo. Do mesmo modo que sabemos que o mundo é redondo, também sabemos que ainda existem muitas lágrimas associadas ao facto de se ser mulher. No entanto, também faz parte do universo feminino, não desistir nem não deixar de lutar pelo que é justo e desejável. Que assim seja.

 

Sílvia Coelho

Diretora Interina do CECOA

 





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