Do Impossível ao Melhor Possível
A História de um Ano como nunca houve
O assunto do ano é a pandemia. O CECOA tem uma palavra a dizer, na sua vivência em tempos tão difíceis. Depois do choque inicial, tornou-se urgente a preparação da organização, da melhor forma possível, para o que se avizinhava. “A melhor forma possível” foi uma expressão subjetiva em termos de liderança, sem certezas, sem planeamentos, monitorizações, avaliações e outros elementos habitualmente incontornáveis.
Quando uma causa imprevisível não nos permite fazer como se deve, faz-se o que tem de ser feito.
Na dúvida, em qualquer situação, as pessoas vêm em primeiro lugar. Preservar o seu bem-estar, o seu posto de trabalho e a sua produção. Se não se salva a organização, não se salvam as pessoas. Se não se salvarem as pessoas, não se salva a organização. Este é, até o dia em que alguém me prove o contrário, o meu mantra. Uns não existem sem os outros. E “a melhor forma possível” é a de se encontrar soluções em que todos são beneficiados. Dizer-se isto, é um lugar comum. Conseguir-se, é outra história. E é essa a história que quero partilhar.
O CECOA esteve à altura das circunstâncias. A COVID19 foi a melhor ação de team building que nos aconteceu. Parece mal fazer esta afirmação. Mas é a realidade. O vírus apareceu e fomos capazes de lidar positivamente com a situação. A equipa CECOA sacudiu os medos, as incertezas, as (in)seguranças, o acessório, o “meu e o teu trabalho” e outros afins. De um dia para o outro, transformámo-nos. Tornámo-nos verdadeiramente UM. Uma entidade mais forte e robusta, todos alinhados no mesmo sentido. As dores de uns, afetaram os outros. Os sucessos de uns foram divididos por todos.
O aparecimento de um ente invisível foi de uma eficácia estonteante. A cooperação aconteceu, a resiliência deu à costa e construiu-se uma fortaleza organizacional. As pessoas foram capazes, perante a adversidade, de acordarem o melhor de si próprias. Mais um lugar comum: “procurar a melhor versão de si mesmo”. Acontece melhor em ambiente adverso. Quando se está em abundância, velocidade cruzeiro e segurança, o ser humano, que é humano (como convém), acomoda-se. Os que não se acomodam, competem. Não se varia muito entre uma coisa e outra. Que extraordinário (e doloroso) momento na história humana: uma pandemia vem desenvolver o óbvio numa sociedade que anseia a fraternidade e a justiça. Uma sociedade que deveria ter no DNA a cooperação, a solidariedade e a equidade.
Acredito que as organizações são micro sociedades em que todos valem a pena. E devemos agir de acordo com a especificidades de cada um. Pensar à medida de cada um, vale mais. Este é o nosso lema interno e é o que também procuramos oferecer ao nosso cliente. A pandemia, apesar de servir este propósito, não tinha feito falta nenhuma e causa danos irreparáveis. E tudo aquilo que conseguimos por sua causa, teríamos sido capazes sem ela. Se tivéssemos procurado bem, teríamos encontrado as forças que, afinal, já existiam individual e coletivamente.
Sílvia Coelho
Diretora Interina do CECOA
Coordenadora da Unidade Qualificação e Certificação